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sábado, 6 de fevereiro de 2021

 

Rendendo Ações de Graças por 32 anos de Ministério Pastoral

 

“...em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24)

 

Neste mês de janeiro, completamos trinta e dois anos de ministério pastoral, todos eles vividos na Igreja do Nazareno do Brasil. Aproveitamos nosso Culto deste domingo (07/02) para rendermos Ações de Graças ao Senhor.

O desejo para ser pastor começou na minha juventude quando era membro da Igreja Presbiteriana de Cruz das Armas em João Pessoa. Encantava-me vendo nossos pastores dirigindo os cultos e pregando. Ainda jovem, como membro da Igreja Presbiteriana, tentei ingressar no Seminário, mas não tive êxito. Creio que não era o tempo. Somente consegui entrar no seminário quando me tornei membro da Igreja do Nazareno, em 1987. Confesso que, apesar de todo encantamento com o ministério pastoral, não tinha uma certeza profunda de minha vocação. Como outros alunos, fui para o seminário com a intenção de conhecer mais a Palavra de Deus e as doutrinas teológicas. Contudo, no final de 1988, num culto de formatura do antigo IBIN – Instituto Bíblico da Igreja do Nazareno, na I Igreja do Nazareno em João Pessoa, durante a exposição do Reitor do SIBIN – Seminário Bíblico da Igreja do Nazareno (Campinas/SP), Dr. Elton Wood, Deus confirmou meu chamado ao ministério. Meu coração ardia e eu chorava muito enquanto ouvia a exposição daquele homem abençoado.

Minha primeira Licença Ministerial foi dada em janeiro de 1989. Naquela época assumi a função de Pastor Assistente na Igreja do Nazareno em Bancários (João Pessoa/PB); depois assumi o ministério pastoral como titular essa Igreja. Também fui Pastor Titular na Igreja do Nazareno em Mangabeira e I Igreja do Nazareno de João Pessoa. Em 2002 assumi a titularidade da Igreja do Nazareno – Zona Sul, em Parnamirim/RN, onde estou até hoje (em 2017/2018, retornei a João Pessoa e assumi a titularidade da Igreja do Nazareno em Bancários; em 2019, retornei para Parnamirim/RN).

Nos seis primeiros anos de meu ministério, fui um pastor biocupacional; trabalhava na atividade bancária e pastoreava. Em 1995, deixei a carreira bancária para assumir o ministério em tempo integral; essa foi uma das maiores decisões de minha vida, pois naquela altura já era gerente, não sendo tão fácil deixar uma carreira profissional bem-sucedida para ser pastor full time.  Contudo, não me arrependo da decisão que tomei; faria tudo novamente tamanha a convicção gerada em meu coração.

Ao longo desses trinta e dois anos já passei por situações extremamente difíceis, mas, em todo o tempo senti o cuidado do Senhor para com a minha vida e família, sempre carregando no coração a verdade de que Aquele que nos vocaciona é poderoso para nos sustentar em todo o tempo. Confesso que algumas vezes pensei em deixar o ministério devido as lutas enfrentadas, mas, a convicção do chamado sempre me mantiveram no caminho. Deus sempre trouxe graça abundante em todos os momentos.

Não sou um homem frustrado. Amo o que faço, e faço com muita paixão. Apesar de algumas formações, não me vejo fazendo outra coisa a não ser pastoreando o rebanho do Senhor que Ele confiou em minhas mãos. Sei que tenho muitas falhas, mas sempre procurei fazer o trabalho do Senhor com zelo e esmero. A convicção do chamado enche meu coração a cada dia.

O texto em referência, que faz parte do discurso de Paulo aos líderes de Éfeso, tem sido o alvo de minha vida pessoal e ministerial. Não julgo a vida tão preciosa para mim mesmo, e quero completar a carreira que o Senhor colocou em minhas mãos, e quero fazer isso até o final de meus dias! Que o Senhor me ajude!

Louvo a Deus pela vida de minha esposa, Denise, e minhas filhas, Bianka e Lilian, que sempre estiveram ao meu lado, e oram por minha vida. Agradeço a Deus pelas vidas daqueles inúmeros irmãos que não se esquecem de interceder por minha vida, família e ministério!

Ao Senhor Jesus Cristo toda a honra e glória! Amém!!

sábado, 2 de janeiro de 2021

 SE DEUS QUISER...

 

Muitas vezes demoramos para aprender que não temos o controle sobre as coisas, que somos tão pequenos e frágeis. Em vários locais as Escrituras Sagradas falam de nossa fragilidade, falibilidade e transitoriedade. Quando falo sobre isso sempre costumo dizer que não temos a agenda de nossas vidas. Podemos e devemos fazer planos, mas, não temos a certeza de que irão se concretizar. Tenho aprendido isso a duras penas. Isso ficou muito claro para mim no ano de 2014. Neste ano, passei por duas experiências que me ensinaram muito neste sentido. A primeira experiência foi em junho, quando me dirigia com amigos de ministério para nosso tão sonhado e esperado Retiro Pastoral, que ocorria somente uma vez por ano. A espera e a ansiedade por esse tempo de descanso, comunhão e enlevo espiritual era aguardado com muita expectativa por todos. No meio da viagem para o local do Retiro, passei mal com a intensificação de dores abdominais que tinham iniciado bem cedo. Procurei um Hospital na cidade de Currais Novos/RN, atendido e medicado na emergência pela equipe médica de plantão, fui aconselhado a retornar urgente para Natal/RN, pois estava com sérios sintomas de uma apendicite. Assim procedi. No dia seguinte, estava no bloco cirúrgico para operar aquele apêndice. Adeus Retiro Pastoral. Expectativas e projeto frustrados. Se não bastasse para aquele ano, em outubro, estava em Águas de Lindóia/SP, participando de um Congresso de Missões, quando fui surpreendido por uma catapora. Tínhamos feito planos de passar uns dias visitando amigos em Campinas/SP, e retornar dias depois, pois iríamos participar do Retiro de Casais da igreja que pastoreio, evento que ocorria apenas uma vez por ano, e, que, naquela ocasião, depois de várias tentativas, seria em nossa cidade de origem, João Pessoa/PB. Esses planos não ocorreram devido a terrível catapora que tive, sendo obrigado a ficar por longo onze dias na casa de um casal amigo em Campinas. Foi frustrante ver os dias passando e começar a perceber que o Retiro de Casais chegaria e não iríamos participar como tínhamos planejado por tanto tempo. Lembro-me que numa das terríveis manhãs que tive na casa daquele abençoado casal, sozinho no quarto, chorava e orava, quando perguntei a Deus: Por que tudo isso? Ouvi uma voz suave dizer ao meu ouvido: aprenda mais uma vez que quando fizer os seus planos e projetos diga “se Deus quiser”. A voz foi muito audível e inconfundível. Não sei você, mas já tive algumas boas experiências de ouvir claramente a voz de Deus. De certo modo, aquela voz trouxe alento e serenidade ao meu coração, embora sofresse muito os efeitos daquela complicada doença. Agora, no final do ano que terminou há pouquíssimos dias, mais uma vez passamos por outra experiência neste sentido. Planejamos e sonhamos passar a entrada do novo ano com nossos parentes em João Pessoa/PB, e passarmos alguns dias com nossos familiares, principalmente visitando nossos pais que já são anciãos. Planos e projetos frustrados. Na véspera da viagem, nossa filha mais velha testou positivo para o Covid-19, e, como tivemos contato com ela, tivemos que adiar a viagem. Pois é, mais uma vez tive a plena compreensão que não temos o controle de nossas agendas. Tiago nos ensina acerca disso em sua Carta, exatamente na seguinte passagem: 4.13-15. “Vocês não sabem o que acontecerá amanhã...deveriam dizer: ‘Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo’” (NAA), diz ele. Que neste novo ano, continuemos fazendo planos e projetos, mas, acima de tudo, colocando-os e submetendo-os ao Deus Eterno e Poderoso, e, orando em todo tempo, sempre dizendo: “Se o Senhor quiser...”. Que nossas vidas em sua totalidade estejam totalmente dependentes de Deus! A Ele, honra e glória!