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sábado, 2 de janeiro de 2021

 SE DEUS QUISER...

 

Muitas vezes demoramos para aprender que não temos o controle sobre as coisas, que somos tão pequenos e frágeis. Em vários locais as Escrituras Sagradas falam de nossa fragilidade, falibilidade e transitoriedade. Quando falo sobre isso sempre costumo dizer que não temos a agenda de nossas vidas. Podemos e devemos fazer planos, mas, não temos a certeza de que irão se concretizar. Tenho aprendido isso a duras penas. Isso ficou muito claro para mim no ano de 2014. Neste ano, passei por duas experiências que me ensinaram muito neste sentido. A primeira experiência foi em junho, quando me dirigia com amigos de ministério para nosso tão sonhado e esperado Retiro Pastoral, que ocorria somente uma vez por ano. A espera e a ansiedade por esse tempo de descanso, comunhão e enlevo espiritual era aguardado com muita expectativa por todos. No meio da viagem para o local do Retiro, passei mal com a intensificação de dores abdominais que tinham iniciado bem cedo. Procurei um Hospital na cidade de Currais Novos/RN, atendido e medicado na emergência pela equipe médica de plantão, fui aconselhado a retornar urgente para Natal/RN, pois estava com sérios sintomas de uma apendicite. Assim procedi. No dia seguinte, estava no bloco cirúrgico para operar aquele apêndice. Adeus Retiro Pastoral. Expectativas e projeto frustrados. Se não bastasse para aquele ano, em outubro, estava em Águas de Lindóia/SP, participando de um Congresso de Missões, quando fui surpreendido por uma catapora. Tínhamos feito planos de passar uns dias visitando amigos em Campinas/SP, e retornar dias depois, pois iríamos participar do Retiro de Casais da igreja que pastoreio, evento que ocorria apenas uma vez por ano, e, que, naquela ocasião, depois de várias tentativas, seria em nossa cidade de origem, João Pessoa/PB. Esses planos não ocorreram devido a terrível catapora que tive, sendo obrigado a ficar por longo onze dias na casa de um casal amigo em Campinas. Foi frustrante ver os dias passando e começar a perceber que o Retiro de Casais chegaria e não iríamos participar como tínhamos planejado por tanto tempo. Lembro-me que numa das terríveis manhãs que tive na casa daquele abençoado casal, sozinho no quarto, chorava e orava, quando perguntei a Deus: Por que tudo isso? Ouvi uma voz suave dizer ao meu ouvido: aprenda mais uma vez que quando fizer os seus planos e projetos diga “se Deus quiser”. A voz foi muito audível e inconfundível. Não sei você, mas já tive algumas boas experiências de ouvir claramente a voz de Deus. De certo modo, aquela voz trouxe alento e serenidade ao meu coração, embora sofresse muito os efeitos daquela complicada doença. Agora, no final do ano que terminou há pouquíssimos dias, mais uma vez passamos por outra experiência neste sentido. Planejamos e sonhamos passar a entrada do novo ano com nossos parentes em João Pessoa/PB, e passarmos alguns dias com nossos familiares, principalmente visitando nossos pais que já são anciãos. Planos e projetos frustrados. Na véspera da viagem, nossa filha mais velha testou positivo para o Covid-19, e, como tivemos contato com ela, tivemos que adiar a viagem. Pois é, mais uma vez tive a plena compreensão que não temos o controle de nossas agendas. Tiago nos ensina acerca disso em sua Carta, exatamente na seguinte passagem: 4.13-15. “Vocês não sabem o que acontecerá amanhã...deveriam dizer: ‘Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo’” (NAA), diz ele. Que neste novo ano, continuemos fazendo planos e projetos, mas, acima de tudo, colocando-os e submetendo-os ao Deus Eterno e Poderoso, e, orando em todo tempo, sempre dizendo: “Se o Senhor quiser...”. Que nossas vidas em sua totalidade estejam totalmente dependentes de Deus! A Ele, honra e glória!